VIZUALIZAÇÕES

sábado, 13 de maio de 2023

A fé se manifesta na confiança

Deus cuida daqueles que são dEle 

porque aqueles que não são 

não permitem ser cuidados.

O Mistério da Iniquidade Revelado

    Hoje, após uma discussão com um amigo, que considero um irmão, senti que o Espírito Santo desvendou o Mistério da Iniquidade.
    A palavra "Iniquidade" é o antônimo da palavra "Equidade". Esta tem o mesmo sentido de equação, sim, a mesma ideia de "equação" utilizada na matemática. Equacionar é igualar na mesma proporção. Se equidade é sinômino de dois pesos mesma medida, iniquidade é o oposto disto: é o relativismo: em determinadas situações, temos um peso para uma certa verdade, em outras, porém, é o peso muda convenientemente, "- É relativo!", como dizem alguns, e é aí que mora o diabo. O diabo mora nos detalhes.
    Existem diversas iniquidades: desiquilíbrios morais na área financeira, na área sexual, na área trabalhista, e por aí vai, mas há também "A Iniquidade", no singular mesmo, aquela que é a mãe de todas as demais, e esta é a "Iniquidade Religiosa", em outras palavras, o desiquilíbrio moral na esfera da fé.
    Um padre muito querido, chamado Padre Jonas Abib, dizia que a história se repete sempre, só que em espiral: mudam-se o cenário, os personagens, mas o enredo é semelhante e acrescido de alguma coisa... 
    Se olharmos os quatro evangelhos (Mateus, Lucas, Marcos e João), as pessoas mais duramente criticadas por Jesus Nosso Senhor, não foram as prostitutas, os políticos ou os assassinos, mas, sim, os fariseus e os escribas - autoridades religiosas da época - e também os discípulos, em certas ocasiões, como naquela em que Jesus os chama de lentos de coração e sem inteligência (Lucas 24, 25) ou também naquela em que se volta para Pedro e diz: "Afasta-te, Satanás!" (Mateus 16, 23). 
    Ao identificar esta preferência de "a quem criticar com mais enfâse", com todas as letras, não estou induzindo alguém a pensar que a prostituição, a corrupção política e os assassinatos são lícitos ou aceitáveis. Não. O próprio Deus fala que "a ninguém deu licença para pecar" (cf. Eclesiástico 15, 21). O pecado é escolher a mentira, é dar as costas para Deus que é a fonte de todo bem - parece egoísta da parte do Senhor dizer que só nele há a felicidade? Mas o que dizer se o fato é que a autêntica liberdade está em adorá-lo? - Posto isto (que pecados nunca são bons), ressaltamos que "a mãe das faltas" é a falta de compromisso com Deus, e que este é assumido na Igreja. O amor ao dinheiro, definido por São Paulo Apóstolo como a raiz de todos males (1a Timóteo 6, 10), foi o pecado de Judas Iscariotes e também o que separou e deteriorou algumas células do corpo da esposa de Cristo, a Igreja, tornando estas céulas não mais parte da Igreja e sim da prostituta retratada em Apocalipse capítulo 17, versículos do 1 ao 9. 
    A definição moral de protituição é "unir-se intimamente à alguém em troca de dinheiro", e não é isso o que os apóstatas fazem ao trair a verdade em troca de conforto material? Este erro também foi classificado com outro nome: a "Simonia". 
    Simonia foi o pecado de um homem chamado Simão, o mago, que, ao ver que o batismo no Espírito Santo se dava pela imposição das mãos, ofereceu dinheiro, ao Apóstolo Pedro, para receber tal poder, ao que este lhe respondeu: "Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro! Não terás direito nem parte alguma neste ministério, já que o teu coração não é puro diante de Deus. Arrepende-te desta tua maldade e roga a Deus, para que, sendo possível, te seja perdoado este pensamento do teu coração. Pois estou a ver-te no fel da amargura e nos LAÇOS DA INIQUIDADE." (Atos 8, 20-23)
    
    Uma das grandes queixas dos não-cristãos em relação a nós que amamos Jesus, na verdade é um brado de indignação do próprio Deus: não se impõe o pagamento, de dez centavos que seja, para o obter o conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. A fé não se vende, EM HIPÓTESE ALGUMA. A oferta espontânea - nunca coagida - foi, na história da salvação, algo visto com bons olhos por Deus, mas vender o acesso ao conhecimento de Nosso Senhor - por mínimo que seja - é inaceitável em todas as esferas. Serei mais direto: vender cursos relacionados a fé, livros, ingressos de shows, direitos autorais de músicas cristãs, cobrar casamentos, batizados, etc, É SIM, O PECADO GRAVE DA SIMONIA!
    "Ah, mas e os custos? Um bom show tem custos! A produção de um curso tem custos! A paróquia precisa manter as atividades..." DOAÇÃO! Se queremos manter a nossa atividade religiosa, então que esta seja aos moldes do Mestre: o Senhor recebia doações espontâneas de mulheres ricas de Seu tempo. São Francisco de Assis pedia esmolas para manter a sua obra de assistência aos pobres, mas ambos não vendiam algo religioso.
    Como disse na discussão com meu amigo, referindo-me a este pecado em específico: quem rouba uma caneta, rouba uma casa e até uma nação! "Quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes." (Lucas 16, 10).
    "Ah, mas o operário é digno do seu sustento. Foi o próprio Jesus quem falou.", sim, é verdade, e a verdade, por si mesma, não pode ter dois pesos e duas medidas, a verdade é uma só: quem trabalha nas coisas relacionadas a este MUNDO MATERIAL, lícito mesmo, como, por exemplo, os marceneiros, os eletricistas, as cabelereiras, as manicuries, merece receber o seu SALÁRIO MATERIAL, ou seja, o pagamento em dinheiro, em valores deste mundo físico aqui. Agora quem trabalha PELAS COISAS DO CÉU, merece o seu SALÁRIO ESPIRITUAL: consolações espirituais, resistência espiritual e, após esta vida, a vida eterna! 
    Não se pode misturar uma coisa com a outra, o nome desta mistura, desta união ilícita é Protituição Religiosa; este é o Mistério da Iniquidade, porque esta falta grave é a mãe de todas as outras.

    Paulo era um excelente pregador, dizia que não tinha eloquência, mas seus escritos são usados como base em dissertassões teológicas até hoje. Paulo pedia esmolas às comunidades cristãs de sua época, sem coagir e sem EXIGIR um centavo de alguém em troca da graça de Deus; nunca impôs o pagamento em dinheiro, ainda que minimamente. 
    Jesus recebia doações enquanto realizava a sua missão, estas contribuições ficavam aos cuidados de Judas Iscariotes, o tesoureiro do grupo, mas o Senhor nunca cobrou ou induziu alguém a cobrar algo de algum fiel. Na verdade, entre passar fome - caso não tenhamos como trabalhar para ganhar o sutento do corpo - e cobrar pelo conhecimento de Cristo, a orientação que o Mestre dá é a de padecer na carne: "Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á." (Mateus 16, 25)

    Não nos iludamos em pequenas concessões - lembrando que, conforme as normas da Igreja, não há imputabilidade de pecado sem plena consciência do mesmo - o Diabo é astuto e sabe disto que expliquei aqui MUITO antes do que nós! Ele fará de tudo para relativizarmos etsta verdade e devagarzinho tornar-mo-nos hipócritas, como os fariseus que, por amor ao luxo, roubavam as viúvas e saqueavam os orfãos, ou ladrões, como Judas que "roubava a bolsa" (cf. João 12, 6) e posteriormente vendeu o Senhor no intuito de implantar "a causa" da época: "a independência dos Judeus em relação aos Romanos".

    A porta é estreita porque os filhos da luz andam no sentido contrário ao deste mundo de trevas, que prega a vida apenas aqui e agora, sem fé na ressurreição, e por isto mesmo vive como se o Céu fosse algo duvidoso e este mundo material uma verdade absoluta.
    Somos diferentes porque a fome, a necessidade material é um detalhe, perto do prêmio que nos aguarda.

    "Reunindo Jesus os DOZE APÓSTOLOS (A IGREJA), deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades. Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos. Disse-lhes: “Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas." (Lucas 9, 3)  

    "Devemos defender a verdade a todo custo, mesmo que voltemos a ser somente doze." (São João Paulo II)

quinta-feira, 4 de maio de 2023

"Pois sei que a vida não se resume aqui, sim, continua em outro lugar..." (Música: De Bem com a Vida - Mensagem 2000)

Querer eu não quero,
mas eu sou servo
e, quem manda no servo, é o Senhor.

"O Deus da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! Fiel é aquele que vos chama, e o cumprirá." (1a Tessolonicenses 5, 23-24)