VIZUALIZAÇÕES

sábado, 12 de julho de 2025

A Origem

    Assim como na arvore da vida a arvore da morte também produz um fruto, um resultado de si. Jesus é sintese da mente de Deus Pai, a cabeça é o chefe de seu corpo espiritual, por isso Ele é chamado de Pai e não de Mãe, com o coração dEle, que, como afirma a Sagrada Escritura, é um coração de Mãe. O Céu que era Deus era a própria árvore da vida, que dava constantemente o seu fruto: o verbo, a Palavra Eterna que recriava desde então tudo o que era bom.

E a arvore da morte, do conhecimento do bem e do mal? Talvez fosse o proprio Inimigo que foi criado bom, mas ao ser foi provado criou em si a inveja, a tristeza diante do bem que Deus dá e não é o que corresponde as nossas expectativas, porque tudo o que foi criado o foi em primeiro lugar para o prazer de Deus - qualquer prazer que tenha Deus por secundário é pecado, então o portador da luz foi o primeiro a conhecer a ausência de Deus, não a ausência fruto de sua provação necessária: a noite escura da fé, e sim me refiro a ausência definitiva chamada pecado: servir a um prazer tendo Deus por finalidade secundária. O fruto dessa comunhão definitiva entre luz e trevas é a mentira. A mentira se tornou o fruto, a filha do Inimigo. Com a mentira, o mal entrou no mundo e agora muitas vezes o Inimigo sugere que conseguiremos sair sozinhos dessa realidade infectada pela mentira através de uma ferramenta que os seres humanos limitados não tinham no paraíso: a imaginação. Não era necessário imaginar um cenário melhor se tudo era excelente. Imaginação é diferente da ilusão. Imaginar é uma ferramenta; Iludir é uma atitude, um uso ruim da imaginação. Embora a imaginação possa servir para entendermos coisas, como serviam as parábolas contadas por Jesus, ela também pode ser usada para obter um prazer em que Deus fica em prioridade secundária, ou seja, um pecado.

A única forma de reverter essa realidade imperfeita é matando a Palavra decretada, e o Verbo foi cravado na cruz para que ressuscitando reformulasse tudo o que foi dito à espécie humana, e porque ainda sofremos? Porque a criação é feita primeiramente para o prazer de Deus não primeiramente para o nosso prazer. Deus é o centro, a finalidade do universo, não o homem, não criatura alguma. Deus mantém o sofrimento mesmo depois da cruz e ressureição de Jesus porque o motivo pelo qual o Senhor morreu não desapareceu. A consequência sim foi vencida: o Senhor possui as chaves da morte e do Inferno, mas não possui o coração, a sede das decisões, de cada seres humanos... A causa não é a consequência. A permissão de sermos tentados no paraíso incluiu a possibilidade de Deus arriscar tudo, inclusive a si mesmo na cruz, mas se o Inimigo não antecipasse as coisas, no devido tempo, no momento certo, o ser humano também experimentaria a provação da noite escura da fé, a ausência de Deus, porque para se tornar verdadeiramente um filho do Senhor a decisão dos humanos de servir ao objetivo do Universo tem que ser incondicional: o prazer de Deus deve estar acima da nossa compreensão.
Existe uma hierarquia a ser seguida; a hierarquia dá prazer a Deus.

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