VIZUALIZAÇÕES

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Razão da Nossa Salvação

    Considerando que o sentido da palavra morte, no versículo “se comerdes do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, morrerás” (Gênesis 2,17), é “separação total de Deus”, e considerando que, após o primeiro pecado, a morte total de Adão e Eva não foi instantânea (Gênesis 3,6-7; Gênesis 5,5), se substituíssemos a palavra morte pelo sentido atribuído acima, poderíamos ler: “Se, por curiosidade, me desobedecerdes, ficarás, aos poucos, definitivamente sem mim.”
   Considerando que Jesus é a Verdade encarnada (João 14,6) e também o Verbo de Deus (João 1,1-14), e que Deus é luz, e n’Ele não há treva alguma (1 João 1,5) — e que Ele não pode desdizer-se (2 Timóteo 2,13; Números 23,19) — como o Senhor anulou o decreto de morte que existia contra nós, cravando-o na cruz (Colossenses 2,14), se esse decreto fora declarado pelo próprio Deus?
    Uma explicação possível é que, uma vez que a única e irrepetível Palavra de Deus — Jesus, seu Filho por natureza (João 3,16; Hebreus 1,1-2) — se encarnou e, obedecendo à lei que o próprio Deus deu a Moisés, afirmando que quem a obedecesse fielmente viveria por ela (Levítico 18,5; Ezequiel 20,11), deixou-se matar na cruz (Filipenses 2,8; João 10,18), e, pelo acontecimento de a Verdade Suprema, tornada humana em Jesus, morrer, cancelou o que havia dito sobre a natureza humana (Hebreus 9,26-28; Hebreus 10,9-10). Assim, retificou o que quis e edificou o que achou melhor (Apocalipse 21,5), recebendo também — e principalmente no que toca às condições humanas, nesta vida presente, na futura e em quaisquer dimensões possíveis da natureza humana — total autoridade, poder e honra (Efésios 1,20-22; Hebreus 2,8). Vitória esta traduzida nas palavras do Senhor Jesus e do apóstolo Paulo: “Toda autoridade me foi dada no Céu, na Terra e nos Infernos. Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura!” (Mateus 28,18-19; Filipenses 2,10).

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