Tradicionalistas que não aguardam com amor a volta de Nosso Senhor Jesus Cristo são a teologia da libertação invertida: são materialistas e não católicos, de fato.
Foi a falta de pregação sobre o retorno de Nosso Senhor que criou o ambiente favorável para o nascimento do comunismo: os "cristãos" podem ser bem cruéis se não têm a dimensão escatológica: "Mas, se o tal administrador imaginar consigo: Meu senhor tardará a vir, e começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar e na hora em que ele não pensar, e o despedirá e o mandará ao destino dos infiéis." (Lucas 12, 45-46), lembrando que o contexto desta passagem está expresso em um versículo anterior, o versículo 40: "Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem." (Lucas 12, 40). Os excessos da inquisição aconteceram - com a aceitação daqueles que poderiam ter sido mártires indo contra os excessos dos líderes da Igreja por amor a Jesus que se escondia nos injustiçados - porque chegou um ponto da história em que os "católicos" "gostaram de ficar aqui", os "filhos da Igreja" se apegaram a esta vida material, deixaram de pregar o que o próprio Jesus pregava:
"Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho." (Marcos 1, 15)
"Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo." (Lucas 10, 9)
"Até o pó que se nos pegou da vossa cidade, sacudimos contra vós; sabei, contudo, que o Reino de Deus está próximo." (Lucas 10, 11)
Vigiar sobre a segunda vinda de Nosso Senhor é indispensável, não é opcional. Quem acredita que pode ser cristão e só pensar no juízo particular, sem vigiar sobre o retorno do Rei dos reis - porque que "Este tardará a vir" -, vive uma "meia verdade" e meias verdades não são bem vindas no cristianismo.
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