Para que ter medo de perder?
Por que se identificar deficiente, deficiente de um amor externo? Embora isso seja verdade, não depende da nossa vontade preencher esta carência; dependerá sempre de duas outras pessoas: de Deus e de um outro ser humano; são dois outros entes, dotados de liberdade, e, no fórum íntimo de cada um, é vedada a nossa entrada sem autorização.
O mais correto, o mais inteligente é a conduta de uma criança que conhece bem o pai e a mãe que tem, que não tem dúvidas sobre a bondade de seus responsáveis; esta é a escolha certa: conhecer a Deus e ter um relacionamento próximo com a Mãe do Céu para, a partir deste conhecimento, abandonar-se ao seu querer. Escrevi “no seu querer”, no singular mesmo, porque a vontade da Virgem Maria é sempre que façamos o que Jesus nos disser ao passo que o desejo de Nosso Senhor Jesus Cristo é que a vontade do Pai seja feita assim na Terra como no Céu, ou seja, o querer no Céu é único!
É fato: nosso Criador nos fez carentes; estamos sempre sentindo a falta de coisas básicas, essenciais: um abraço, um amigo, um copo de água para matar a sede, um alimento para saciar a fome, uma temperatura adequeada para estarmos confortáveis. O fundamental frequentemente nos falta e exigir que ele sempre seja suprido em quaisquer circunstâncias é perigoso, corre-se o risco de pensar que ter o mínimo é o sentido da vida sendo que não é: o sentido aqui, desta existência efêmera é a confiança!
Creio na bondade dos meus pais porque conheço quem são, convivo com eles, sei o que lhes aflige, sei do que são capazes. Eles sabem das coisas; eles veem de cima! Eu, pequeno de estatura espiritual, tenho visão limitada.
Os maus odeiam o Altíssimo porque não o conhecem; decidiram-se pelo que acham melhor, acreditam no que bem entendem.
Os bons se tornam bons porque convivem com a Trindade, modelo de toda bondade e doçura!
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