Depois do primeiro amor, de descobrir o tesouro escondido no campo ou a enorme pérola de grande valor, é preciso empenhar tempo e recursos adquirir o campo, para a aquisição da pérola. As coisas são "de graça" no sentido de "um filho que pede dinheiro ao pai para comprar um presente de dia dos pais" - tudo já é do Pai, nada é nosso propriamente, mas, o melhor que Deus tem, tem um preço chamado renúncia: "Vai, vende tudo o que tens e terás um tesouro no Céu; depois vem e siga-me." Quando estamos na fase do "empenhar tempo e esforço para conquistar a vida eterna", uma maneira bem eficiente, com intensos benefícios, de começar essa purificação - deixar o que vale menos e comprar o tesouro que vale mais, a pérola maior - é "mexendo no bolso". Quem ganha pouco, pode ser mais responsável e usar recursos, como "a dor do empenho nos estudos", "a dor de fracionar um salário mínimo - que hoje, no Brasil, é de R$ 1.320,00 (sem contar os descontos em folha de pagamento...) em quatro partes: uma a da pessoa que trabalhou e obteve o dinheiro, outra parte a da família onde se vive ou o cônjuge com quem se casou, outra como fundo de emergência (em caso de acidentes ou enfermidades ou futuramente como investimento para aumentar a solidez financeira e poder ajudar outras famílias) e a quarta parte para compras de feira/mercado; vamos fazer um teste? 1320/30 (dias) = R$ 44,00; Este valor, dividido por 4, dá R$ 11,00, sim, onze reais. Viver com apenas R$ 11,00 para gastar em feira/mercado e mais R$ 11,00 para gastar consigo não parece muito agradável, mas parece ser um caminho de santificação, de purificação, de responsabilidade e coerência consigo e com os outros. As vezes, quando falamos de dinheiro e cristianismo pensamos nos ricos, nos que já dão o valor ao dinheiro (estes também precisam ajustar, avaliar o que é mais importante: o apego as riquezas ou a obediência ao Senhor Jesus), entretanto esta passagem também se aplica aos indisciplinados, a quem não tem educação financeira.
Dinheiro mexe com quase tudo nessa vida passageira e material. Por ser uma ferramenta tão poderosa e quase sempre inevitável de manusear, ela é também perigosa (o preço dela é proporcional ao poder que ela tem), fora o equilíbrio, o que é justo, eu e você podemos nos desviar para a irresponsabilidade financeira, sendo esbanjadores ou para a avareza, sendo apegados ao dinheiro e evitando gastá-lo até em situações necessárias.
Quem tem modéstia (moderação) no bolso, tem base, fundamento material para se alimentar adequadamente, ou seja, exercer modéstia no comer.
Quem se controla nos gastos e é solteiro, não se afetivamente não se relaciona qualquer pessoa, pois sabe quão difícil é manter-se equilibrado ao lado de quem não se importa com isso, ou seja, mais facilmente vive a castidade.
Sem perder o amor inicial, a paixão por Jesus em resposta espontânea ao seu imenso amor, alguém que todos os dias se disciplina, dizendo, em cada decisão, que o mais valioso é viver com Nosso Senhor Jesus Cristo na eternidade, dá um testemunho autêntico além de tornar este mundo - tão sofrido e sem esperança - feliz.
