Muitas pessoas, mesmo após conhecerem o evangelho, continuam com procedimentos ruins, por quê?
Uma das explicações possíveis é a lógica dos instintos. Emoções são reações iniciadas com um pensamento, sintetizadas e armazenadas em nosso DNA. Um exemplo disso é o mecanismo "luta ou fuga". Diante de um risco iminente, o subconsciente dos animais, inclusive os racionais, avalia superficialmente o cenário e decide se enfrenta o perigo ou corre da ameaça. Isto ajudou nossa espécie a chegar até aqui; às vezes não dá tempo para pensar muito e decidir através do sentimento economiza tempo. O problema é que este mesmo recurso que preserva as espécies também pode limita-las: muitas fobias e reações alérgicas nascem no momento em que damos às experiências ruins mais peso do que deveríamos.
Na vida espiritual tem gente que se guia principalmente pelo que sente e isto é perigoso. O cristianismo é a religião da palavra, não da lei e nem das emoções. Somos aqueles que damos a vida pelo que cremos. Somos aqueles que, no passado, foram assados vivos, fatiados vivos, preso a carroças e esfolados, atirados a leões simplesmente por não negociar a fé, por não dar um "jeitinho" à palavra que nunca mudou: Jesus Cristo, o verbo de Deus!
Fe é aderir a Deus sem reservas, é ser com ele um só coração, e ninguém consegue ter os mesmos sentimentos de outra pessoa se não concordar com os princípios e valores desta pessoa. Primeiro escutamos e decidimos crer ou não, se crermos, esta convicção se transforma em uma conversão de vida. Como nos ensina São Paulo: "Caminhamos na fé e não na visão." (2a Coríntios 5, 7)
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