VIZUALIZAÇÕES

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Segredos do combate da oração

     "No combate da oração, temos de enfrentar, em nós e à nossa volta, concepções errôneas da oração. Alguns vêem nela uma simples operação psicológica; outros, um esforço de concentração para chegar ao vazio mental; outros ainda, reduzem-na a atitudes e palavras rituais. No inconsciente de muitos cristãos, rezar é uma ocupação incompatível com tudo o que têm de fazer: não têm tempo. Os que procuram a Deus na oração desanimam depressa, porque não sabem que a oração também vem do Espírito Santo e não somente de si próprios.
     Temos de enfrentar também certas mentalidades «deste mundo» que nos invadem, se não estivermos atentos. Por exemplo: só é verdadeiro o que se pode verificar pela razão e pela ciência (mas orar é um mistério que ultrapassa a nossa consciência e o nosso inconsciente); os valores são a produção e o rendimento (mas a oração é improdutiva, logo inútil); o sensualismo e o conforto são os critérios do verdadeiro, do bem e do belo (mas a oração (...) deixa-se encantar pela glória do Deus vivo e verdadeiro); em reação ao ativismo, temos a oração apresentada como fuga do mundo (mas a oração cristã não é uma saída da história nem um divórcio da vida).
     A dificuldade habitual da nossa oração é a distração. Pode ter por objeto as palavras e o seu sentido, na oração vocal, mais profundamente, pode incidir sobre Aquele a Quem rezamos, na oração vocal (litúrgica ou pessoal), na meditação e na contemplação. Partir à caça das distrações seria cair nas suas ciladas; basta regressar ao nosso coração: uma distração revela-nos aquilo a que estamos apegados e esta humilde tomada de consciência diante do Senhor deve despertar o nosso amor preferencial por Ele, oferecendo-Lhe decididamente o nosso coração para que Ele o purifique. É aí que se situa o combate: na escolha do Senhor a quem servir." (Catecismo da Igreja Católica, 2726-2727.2729)

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